tag:blogger.com,1999:blog-87491518365919114652024-03-12T18:00:10.741-07:00PalavrasPaz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.comBlogger432125tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-84985386273903847912022-01-09T11:50:00.001-08:002022-01-09T11:50:54.722-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ano novo, novos caminhos, novas
possibilidades, novos desafios, outras portas. Novas forças e sonhos... E
também novos cachorros, com certeza<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>enviados por são Francisco às pessoas que os merecem e aguardam com as
suas casas e corações abertos de par em par. Eu ganhei o meu, uma cadela preta,
bem grandona e um pouquinho manca, a quem batizei como “Morena”, após três intentos
falidos com dois cachorros de rua que quis adotar. Chegou uma manhã para roubar
a ração que eu botava para o cachorro de rua que tentava seduzir. Quando a vi,
imediatamente a escorracei e ela fugiu, atravessou a rua e sentou na grama da
frente pra me olhar... E aquele olhar... Bom, o resto é história. Já vive
conosco e todos nos adaptamos, especialmente as minhas outras duas cadelinhas
muito territoriais, melindrosas e ciumentas... Mas vamos trabalhando, vivendo o dia a dia, nos amando e respeitando. E “Morena” é um anjo de doçura, humildade
e paciência. Então, tenho certeza de que tudo vai dar certo. Porque se foi o
Francisco quem a enviou até nós, então ele irá botar a sua mão nesta nova família.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>PIPAS
ESQUECIDAS<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Faço todos os dias o mesmo percurso, mas
nunca tinha olhado para a copa daquela árvore, hoje nua por causa da poda de
inverno. Talvez por isso pouco atraente para mim... Vinha caminhando, sentindo
o vento refrescar meu corpo úmido de suor, quando um barulho diferente me fez
diminuir a marcha. Olhei em volta, procurando achar a sua procedência. Naquela
hora da tarde destacava-se entre os murmúrios da rua, que se preparava
preguiçosamente para a janta. Tentei identificar o som, pois não me era
estranho. Então percebi que ele vinha do alto, de algum lugar bem em cima de
mim. Parei e ergui o olhar. Ali estava: a pipa colorida, novinha, enroscada
entre os galhos pelados da árvore e os fios de alta tensão. Sua cauda de
franjas debatia-se furiosamente sob o impulso do vento enquanto a pipa parecia
tremer, em desespero, produzindo aquele som que chamara a minha atenção. Fiquei
um momento a contemplá-la. Um pedaço de linha ainda pendia dela, enroscada na
árvore... E de pronto aquela sensação de tristeza foi tomando conta de mim.
Aquela pipa deveria estar no céu, dançando e fazendo piruetas, desafiando o
vento para subir mais e mais alto, fazendo a alegria de alguma criança. E, no
entanto, alguma fatalidade tinha-a derrubado, condenando-a a morrer ali, presa
entre os galhos e os fios... Mesmo assim, ainda se debatia, em vão, e reagia às
rajadas de vento... Meu coração encolheu-se, angustiado, ao ver este quadro,
pois pareceu-me a representação dos nossos sonhos, às vezes arrastados por maus
ventos e jogados ao chão, no meio dos galhos das árvores, dos fios elétricos,
detidos em sua ascensão, chorados, mas finalmente esquecidos à intempérie até
perderem as cores, até o papel rasgar e se desfazer, restando tão só o
esqueleto de varetas. Pois sempre fica esta armação, triste, resistindo, como
que dizendo que ainda serve, que se alguém a resgatar e colar nela um novo
papel e uma nova cauda, será ainda capaz de elevar-se e desafiar o vento...
Assim, a pipa me trazia a imagem dos sonhos que, apesar de abandonados porque
sofreram um revés, persistem em algum lugar dentro de nós, como o esqueleto de
varetas que nos convida a colar nele novos papéis coloridos, a caprichar numa
cauda comprida, a comprar uma outra linha, mais resistente, a melhorar nossas
habilidades e a lança-lo de novo ao vento... Nunca é tarde para os sonhos,
mesmo que quem sonhou não seja o mesmo de quando os sonhou.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Mas
quantos deles ficam assim, como aquela pipa, enroscados, abandonados... Teria
de se subir na árvore e libertá-los ao invés de virar-lhes as costas e desistir
deles. Outra chance. Um novo esforço. Alguns arranhões. Muito, muito cuidado.
Pois os sonhos deveriam ter infinitas chances.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-77038955078321240602021-12-29T07:29:00.000-08:002021-12-29T07:29:30.889-08:00<p> <span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Quase
o último dia do ano. A última semana... Esperança? Medo? Frustração? Tristeza?
Emoção?... O que foi, já foi, agora é a chance de recomeçar, de renovar, de
criar novos caminhos e percorre-los com coragem e otimismo. Serao diferentes?
Serao uma nova versão? Não sabemos ainda, mas tem que tentar. Eu já comecei o
meu e pretendo seguir em frente, mesmo se existirão percalços. Não importa, o
negócio é estar ali, vivo e vibrante, conectado. Estar, ser. Isso sim é um
feliz ano novo!</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> Existe
melhor forma de redimir-nos, de realizar-nos, de encontrar-nos do que através
das nossas ações? E se este agir envolve o amor, melhor então. Amar o que
fazemos. Fazer o que amamos... Os três bailarinos no filme “One last dance”,
com o Patrick Shwayze, sua esposa Lisa Niemi e o George de la Peña, naquela
derradeira coreografia na qual todas as mágoas e frustrações, os medos e dores
foram lavados no esforço, no suor, nos movimentos sentidos na alma, me
emocionaram profundamente, pois percebi como realizar nossa vocação pode nos
curar, nos erguer, nos purificar e transformar. Nos santifica porque sempre há
um toque divino nela. È onde melhor nos expressamos, onde mais nos entregamos,
onde nos doamos sem limites. Aqueles bailarinos já maduros, com menos
performance física, e mesmo assim indo para o palco reencontrar suas verdades,
me ensinaram que sempre há tempo, sempre há chance, sempre há espírito para
alcançar o objetivo da realização, da cura, da felicidade. Porque esse é o
nosso destino.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-46941532318590617682021-12-24T05:46:00.000-08:002021-12-24T05:46:52.032-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E chega o Natal mais uma vez, mas este tem
um quê de derrota, de tristeza e incerteza, até de medo pelo futuro do nosso
amado país depois destas eleições fajutas, lideradas por gente sem noção, sem
história, presa a ideais sem sentido, fechadas num passado que já não existe e
que eles tentam manter presente na mente do povo só para ter o gostinho da vingança
sem sentido e do poder “roubado” deles durante trinta anos... Mas, merecem tê-lo?...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como é bom sentir os cheiros da vida! Roupa
lavada, carne na panela, feijão, terra molhada, café, flores, pão, sopa,
pipoca, bolo, grama... Venho pela rua e eles surgem, me envolvem, me despertam.
Vêm de mansinho, ou como uma onda, desde as cozinhas, os quintais, as calçadas,
as padarias e restaurantes, e eu respiro fundo, deixo que tomem conta de mim e
me lembrem da vida ao meu redor, as coisas de cada dia, a doce rotina do homem e
seu universo, a rotina da criação. E assim como os cheiros, os sons também me
rodeiam e trazem a sinfonia da vida até mim: pássaros, motores, rádios,
latidos, vozes, chuva, telefones, sinos... Cheiros, sons, movimento perpétuo e
eu, tão viva quanto eles, tenho o dom maravilhoso de percebê-los.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-60295899948256163942021-12-12T04:39:00.001-08:002021-12-12T04:39:58.450-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Caramba,
e eu que achei que o inverno tinha acabado!... Faz alguns dias, 34 graus e um
sol de fritar ovo, e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estes dois últimos
nublado, ameaçando chover, frio, vento... Quem entende?... E depois tem gente
que diz que não está passando nada com a mudança climática... Mas, para isso
tenho uns cobertores, um aquecedor e muito chá quentinho, então, vamos
trabalhar!.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A paciência é uma virtude de muitas faces,
pois é diferente em cada caso. Às vezes precisa ser lenta e persistente, outras
silenciosa. Às vezes é necessário que fale, que pressione, outras, que deixe o
outro livre. Algumas vezes tem de elogiar, outras cobrar, criticar. Pode
incentivar, sugerir, ou então, permanecer quieta e permitir que a experiência
aconteça sozinha... Paciência é espera, é amor, é percepção, é estar totalmente
aberto ao tempo e ao movimento do outro, é acompanhar as suas evoluções, é
ouvir, observar, esperar. Esperar sempre o melhor. Esperar a porta se abrir, a
luz se acender, a mente compreender, a harmonia tomar conta do gesto. Adequar o
nosso ritmo ao ritmo do outro, as nossas palavras, as nossas expectativas. Ver
com os olhos do outro, trabalhar com a energia do outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ser
paciente é sair de nós mesmos e sermos o outro, visto com nossos olhos e com os
olhos dele. É o equilíbrio entre estes dois olhares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-4028146672841011082021-12-05T05:56:00.000-08:002021-12-05T05:56:02.967-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Hoje vai ser fogo, literalmente... Trinta e três
graus sem nenhuma nuvenzinha no céu!. Pelo menos há um vento agora pela manhã,
ainda fresco, mas o sol já começa a espalhar seu calor sufocante. Nem quero
imaginar como vai estar às quatro da tarde, quando eu acordar da minha soneca e
sente pra pintar!.... Bom, pelo menos o calor será puro, sem poluição, e os
pássaros continuarão a cantar e voar, a paisagem verde e o céu azul... Isso já
compensa o sufoco...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quem
é meu mestre?... Acredito que cada um que cruza meu caminho. Todos têm algo a
me ensinar, pois em todos eles vive a faísca divina, o próprio Deus. Por isso
não só é verdade que “Aquilo que fizeste ao menor dos meus, é a Mim a quem
fizeste”, mas também: “Aquilo que o menor dos Teus me fez, foste Tu quem fez”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a style="mso-comment-date: 20211205T1052; mso-comment-reference: PA_1;">Todos</a></span><span class="MsoCommentReference"><span lang="PT-BR" style="font-size: 8.0pt;"><!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomanchor" href="file:///C:/Users/Paz%20Aldunate/Desktop/Respaldo%20Aldunate/archivos%20fran/Diarios%20Paz/Temporal%20(Autoguardado).doc#_msocom_1" id="_anchor_1" language="JavaScript" name="_msoanchor_1">[</a><span style="mso-special-character: comment;"> </span></span></span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">
somos mestres uns dos outro. Assumindo-o ou não, todos possuímos um bem que
ilumina os outros, todos temos o dom de ensinar. Porém, devemos ter e cultivar
também o dom da humildade, que nos possibilita aprender dos nossos irmãos. Ser
um mestre é tão importante quanto ser um discípulo. Só aprendendo é que
poderemos ensinar. Somos uns complementos dos outros. Criaturas únicas,
construídas do saber universal que se mostra, mas não se impõe. A diversidade é
infinita entre mestres e alunos, por isso a sua sabedoria é infinita também.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Aprendamos
a vocação do mestre, porém, pratiquemos primeiro a vocação de aluno.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: comment-list;"><!--[if !supportAnnotations]-->
<div style="mso-element: comment;"><div class="msocomtxt" id="_com_1" language="JavaScript"><p class="MsoCommentText"><br /></p>
<!--[if !supportAnnotations]--></div>
<!--[endif]--></div>
</div>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-32681878782483350132021-11-28T05:59:00.001-08:002021-11-28T05:59:29.113-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Estou sendo repetitiva, eu sei disso, mas
realmente não desejo pra ninguém uma artrite reumatoide nas mãos... Hoje quase não
estou conseguindo mexer no teclado de tão travadas e doloridas que estão!...
Mas, como a vontade de botar pra fora toda esta maravilhosa inspiração que me
rodeia e tenho dentro de mim é tão grande e imperativa, cá estou, sentada em
minha escrivaninha, escutando a canção do vento lá fora e os pássaros ao redor,
respirando fundo e cumprindo a minha vocação... E mais tarde vou pintar!...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quais são os milagres que iluminam a nossa
vida? Pois são tudo aquilo que nos rodeia: o pão, a água, as flores, os
pássaros, as nuvens, o trabalho, as conquistas, as lições, o mestre que
subsiste em cada pessoa que encontramos. Pequenas e grandes descobertas,
pequenas e grandes transformações, pequenos e grandes sucessos. As palavras, os
olhares, os gestos. Pensar, entender, concluir, são milagres constantes que nos
ajudam a crescer e a nos aproximar do divino que permeia cada segundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Neste
instante pensemos no milagre que é a nossa vida e em como chegou a isso. É que
os milagres se obtém, não são de graça, dependem da nossa fé, da nossa perseverança.
Merecemos o milagre porque lutamos por ele, porque nos aventuramos –mesmo
cheios de dúvida e dor, exauridos, magoados, vazios- no universo do novo, do
que nos aguarda, daquilo que merecemos porque somos filhos de Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-89569194595087739272021-11-25T06:20:00.001-08:002021-11-25T06:20:49.643-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Bom, eu achava que ter um computador
agonizante era ruim –apesar de que agora tem estado dez- mas na verdade, acho
que pior é ter artrite reumatoide severa... A gente começa a escrever e depois
de um tempo os dedos se “engatilham” e ficam travados... e aí acabou-se a inspiração
e a capacidade física de continuar... Mas tudo bem. Eu sei que a tendência é ir
piorando, porém, não vou me render e vou continuar escrevendo nem que tenha
que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>apertar as teclas com o nariz!. Então,
vamos pra frente que atrás vem gente! <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É incrível como somos capazes de nos
esquecer do óbvio, do essencial, que é o alicerce sobre o qual, afinal,
construímos a nossa vida. E o mais engraçado é que por mais que nos
compliquemos e nos disfarcemos e nos enchamos de regras, manias, conveniências,
preconceitos, vaidades e ilusões, o óbvio continua ali, o essencial continua
sendo essencial, o que é bom não muda e o que é mau sempre nos machuca, nos
detém, nos deforma... Precisamos ter a consciência disto, não perdê-lo de
vista, continuar usando-o para nortear a nossa existência, para impedir que ela
se perca nas armadilhas que nós mesmos criamos. O óbvio, o simples, o
essencial, são portas para os mistérios e as respostas da vida. Abrangem bem
mais do que só aquilo que vemos o sentimos. O sobrenatural é essencial, é
obvio, forma parte indivisível do aparentemente banal.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-70443018730855730972021-11-15T05:21:00.000-08:002021-11-15T05:21:45.759-08:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Caramba, ter um computador com um vírus
fatal, em estágio terminal, é foda. Tem tempo limitado para escrever, publicar
e guardar coisas importantes, porque qualquer hora, puf! Se desconecta e a
gente fica sem ter o que fazer, sem saber se o que estava escrevendo foi salvo
ou não... Em fim, a coisa é respeitar a sua situação e aproveitar ao máximo o
que lhe resta de vida até poder comprar um novo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Então, sem mais demoras, aqui vou, antes de
que o coitado desmaie!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Libertar-se
do velho, abandonar o peso morto. Não insistir no passado. Aprender a perder.
Esta é uma verdadeira arte, uma virtude que não tem preço. A gente se agarra ao
mal conhecido ao invés de se aventurar no desconhecido que, se vivenciado, não
o será por muito tempo e assim deixará de ocasionar-nos dúvida e receio. A
morte só vem uma vez e leva o que está morto, o que pertence ao seu domínio.
Mas nós estamos vivos! </span><span lang="ES-TRAD" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Por que seguí-la, então? </span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Nosso apego às
coisas mortas é maior do que a vontade de viver, de buscar, de encontrar? O
medo de não achar é grande, a falta de fé em nós mesmos aniquiladora, mas nunca
se ouviu de alguém que procurasse e não encontrasse. O quê? Fracasso?
Respostas? Uma vida nova?... Acho que isto depende de com que espírito
procuramos e de que maneira interpretamos o nosso achado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Nunca
há “nada”. Sempre há “algo”. Até na espera por esse “algo” há esperança,
ansiedade, perseverança, otimismo, se esperamos realmente por alguma coisa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-91959120713412290262021-11-02T07:33:00.001-07:002021-11-02T07:33:20.319-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Reencontros, família, lembranças, amor que
nunca arrefece nem muda. Carinho sincero e profundo, sem preconceitos nem
julgamentos... São laços indestrutíveis, que passam de geração em geração, e
somos nós quem temos o dever, a missão de passá-los adiante, de ensiná-los, de vivenciá-los
e partilhá-los com quem nos rodeia... E foi tudo isso que reaprendi neste final
de semana, no casamento da filha do meu primo irmão, Cristián Labbé, a quem não
via fazia alguns anos... Abençoadas sejam todas as famílias que permanecem
unidas através das gerações...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vejo as árvores balançando suavemente, os
galhos das trepadeiras, o mato nas datas vazias, as roupas coloridas no varal.
Os sinos cantam, dançando sob o impulso do vento invisível. As folhas secas
rolam pelas calçadas, as pipas piruetam no céu, as nuvens mudam de forma.Essa
energia sem corpo, porém tão poderosa, vem e toca meu rosto, desordena meus
cabelos, faz a minha saia ondular... Ele leva e traz, com seus mil sons e ritmos.
Vento que varre oceanos, vales e montanhas que eu nunca vi e continua em
movimento, sempre, como o tempo, que também transcorre para pessoas que não
conheço, para acontecimentos que não testemunho. Tempo e vento, oniscientes,
imutáveis. Ambos trazem mensagens, visões. Não se sabe de onde vêm nem para
onde vão, invisíveis, poderosos, companheiros, inimigos. Imagino o vento
trazendo o tempo, transcorrendo juntos, revelando-nos o futuro imediato, o
movimento perene da vida, as suas constantes transformações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
vento e o tempo passam por mim enquanto estou sentada aqui, escrevendo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-24126256810469127452021-10-26T12:28:00.000-07:002021-10-26T12:28:23.966-07:00<p> <span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">É
tanta música, tanta paisagem perfeita, tanta inspiração e vontade de fazer, que
mal posso esperar a que o dia amanheça para começar a viver outro pouco e fazer
muito... É quase abrumador, mas eu vou em frente, pois tanta beleza e inspiração
não podem ser desperdiçadas, então, mais uma vez, agradecida por tudo, aqui
vou!</span></p>
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Volto da academia e ao virar a esquina me
encontro com aquela criançadinha toda saindo do portão de duas casas vizinhas,
de mãozinhas dadas, lideradas por uma menina um pouco mais velha que as outras.
Estão numa alegria sem tamanho, rindo e gritando, pulando, despedindo-se das
mães que, sonolentas e embrulhadas em seus casacos de lã, sorriem e fazem
recomendações... Curiosa diante de tanta agitação e felicidade, diminuo o passo
para saber o motivo. A fileira –com a maior no meio dela, importante e séria na
sua missão- passa por mim, chamando um último menino que ficou para atrás.
Quanta emoção em seus rostinhos! Olhos brilhantes, corações acelerados, pernas
numa pressa cheia de expectativa. “Qual é a aventura?”, me pergunto, contagiada
pela sua ansiedade. Então escuto uma das mãe avisar: “Se o parquinho estiver
fechado vocês voltam e não ficam zanzando por aí,ouviu?”... O parquinho, na
pequena praça a dois quarteirões, virando a esquina... Sorrio, afastando-me do
grupo buliçoso. E lá vão eles, rumo a sua aventura, passando por lugares
desconhecidos, encontrando estranhos, espiando aqueles monstros de quatro rodas
que reinam absolutos e assustadores no asfalto preto e brilhante. Lá se vão,
vibrando naquela sensação impagável de estar crescendo, enfrentando a vida e
seus desafios, nessa gloriosa independência dos pais, naquele hálito trêmulo de
sair para procurar a felicidade, a realização...Hoje nos brinquedos do
parquinho de areia a dois quarteirões de casa. Amanhã, na festa no clube.
Depois, na faculdade. No trabalho, ainda mais distante e desafiador. No amor,
quando parece que todos os laços com o passado se rompem... Enquanto procuro a
chave no meu bolso, me pergunto se conservamos sempre aquela alegria virgem e
original, aquela emoção risonha e cheia de otimismo diante da aventura do
desconhecido, ou se preferimos encarar nosso futuro cheios de medo e
pessimismo, sem fé em nossa capacidade de sair adiante... Enfio a chave na
fechadura e a faço girar. Ela emite um estalo e a porta se destranca. Pero,
penso: “É o som do futuro que se avizinha e só eu tenho o poder e a vontade de
fazê-lo acontecer.”... E meu coração volta à imagem daquelas crianças,de mãos
dadas, rostos brilhantes e cheios de alegre pressa, a caminho da sua aventura.
E penso que é assim mesmo que eu quero abrir a porta e entrar em tudo aquilo
que me aguarda. </span>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-35802144451695168192021-10-05T07:08:00.000-07:002021-10-05T07:08:02.326-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="ES-TRAD" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: ES-TRAD; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A que somos fiéis? </span><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A
idéias, a pessoas, a lutas, a religiões, a sonhos, a missões. Mas, acima de
tudo, somos fiéis ao amor, que nos faz carregar todas estas bandeiras que
sustentam e dão forma às nossas ações. Cada um tem se ser fiel àquilo que
escolheu. E esta escolha deve ser sempre permeada pelo amor. Assim,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a nossa fidelidade dará frutos que todos
poderão comer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Fico
olhando os rostos, as roupas, as poses, as paisagens urbanas ou rurais atrás
das pessoas às vezes sérias, às vezes sorrindo. Expressões em preto e branco,
algo sério e distante, outros tempos, outras histórias, outros conceitos,
talvez os mesmos sonhos de felicidade... As fotografias antigas me dão aquela
sensação de realidade extraordinária, de encarar pessoas e lugares que nunca
conheci e que não existem mais. É, de certa forma, como olhar para a morte,
para algo remoto, porém tão real como eu mesma,hoje, aqui. Porque eles tiveram
seu presente também, e foi tão real e cheio de vida e acontecimentos quanto o
meu! Não é estranho o passado nos assaltando assim, tão atual e concreto,
através de uma fotografia? Quanto podemos descobrir o imaginar olhando para
ela?... Me pergunto: quando alguém olhar para uma fotografia minha, quanto da
minha verdade irá desvendar? O que estarei dizendo para aqueles que olharem
para mim no futuro?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-32744487436654323252021-09-27T07:17:00.002-07:002021-09-27T07:17:33.358-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Dia
de milagres? De revelações? De inspiração e felicidade? Dia de reencontro, de perdão,
de gratidão?... Acho que tudo isso junto e ainda mais, que nem consigo
traduzir... Até parecia o dia do meu aniversário!... Abram bem os olhos do
corpo, da mente e da alma e verão do que estou falando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Meio
misterioso, né?... Mas façam a prova e depois me contam...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sempre
me chamou a atenção esta frase anônima: “Não há que buscar novas paisagens e
sim olhar a paisagem com novos olhos”. Me parecia um pouco desconcertante, como
se o conselho fosse permanecer parado, sem ir à procura de novos horizontes na
vida. Era uma frase digna de ser publicada e conhecida? E fiquei pensando nela.
Venho pensando dela desde que a li numa folha de papel pregada na parede das
salas da Fundação Cultural. Quem a tinha imprimido e colocado ali? Com que
intuito?... Sem resposta.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Mas
então, aconteceu que outro dia voltava do centro no fim da tarde, por aquela
mesma rua de sempre, quando não sei por quê, decidi atravessar e vir caminhando
pela outra calçada. Primeiro não percebi nada, mas depois de andar alguns
metros, ergui os olhos e os deitei pela rua a baixo. Que surpresa! Uma visão
totalmente diferente, nova, da velha rua, se descortinou diante de mim! Parei,
totalmente surpresa. Como eram distintas as coisas desde este outro ângulo! As
sombras, as árvores e as casas, a perspectiva das outras ruas perpendiculares,
dos jardins, das cores... Até os sons pareciam ter nuances diferentes! Estava
pasma. Mudar o ângulo –os olhos- muda realmente a paisagem. Tudo é novo, tem
outras dimensões, você enxerga o que não via da outra posição. Todos os
conceitos se reformulam, segredos são revelados, a nossa própria postura
muda... Velha paisagem, novos olhos, transformação. Compreendi então aquela
frase da folha na parede. Não há que cansar-se de olhar, pois a paisagem possui
mil nuances e lições que somente com novos olhos, nova disposição, poderemos
enxergar e aproveitar. A rotina é assassina. Nos esmaga, nos embrutece, mas
somos nós mesmos que permitimos que nasça, cresça e se instale em nossas vidas,
aniquilando-as, roubando-lhes a alegria, o frescor, a criatividade, a
percepção, a inocência, tornando-nos velhos parados se enfastiados, sem
esperança.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Olhar
a vida cada dia como o milagre e a diversidade que ela é, é um tônico para a
saúde e o crescimento da alma. Basta uma piscada e tudo terá mudado, inclusive
nós mesmos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-76877317515320531622021-09-20T07:13:00.000-07:002021-09-20T07:13:17.844-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Hoje
sinto que dei um passo atrás... mas no melhor<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>dos sentidos. Após tanto tempo, um que achei que jamais acabaria, volto
a ser eu ao escrever, e vocês sabem que para mim, esta vocação, assim como compor,
coreografar ou desenhar, é a mais importante de todas elas, pois é a que mais
me ajuda a entender, a decifrar, a aprender e desfrutar tudo que tem dentro de
mim e a compartilhá-lo com vocês e todos os que me rodeiam... Início de
primavera, renascimento, reencontro... As revelações, os caminhos e a
felicidade me aguardam, junto com a verdadeira paz!... Como diz meu nome...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Me
pergunto até que ponto alguém pode ser capaz de mudar para ser amado, valorizado,
aceito. Quanto de nós aceitamos sacrificar, esconder, aniquilar para não nos
ver isolados, para não sermos abandonados? Que preço ousamos pagar para não
sermos julgados ou condenados, criticados?... A coerência entre o que somos e o
que aparentamos em prol da estima e o elogio dos demais é nula. Somos dois
seres em eterno conflito, cheios de dúvidas, de lutas sem trégua, de choques e
contradições por conta dessa incoerência... E como queremos, como precisamos
ser amados para podermos sobreviver! Como nos dói o desprezo e a indiferença
dos outros! Como é doce o afago, o elogio, o sorriso, a aprovação, o calor da
sociedade!.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">E
agora me pergunto: não seria melhor mudar para amar ao invés de para ser amado?
Que enorme diferença! O melhor de nós viria à tona, faríamos tanto bem,
chegaríamos tão longe! Ganharíamos infinitamente mais do que só sendo amados.
Mudar para amar não mutila, dá asas. Não dói, nos faz florescer. Nos integra,
nos identifica, nos aquece, nos purifica. Nos salva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Amar
e ser amado: um conseqüência do outro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-46925778087764553382021-09-12T07:21:00.000-07:002021-09-12T07:21:12.508-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Bom,
eu tinha dito que o Sr. Inverno tinha se cansado e estava a fim de ir embora,
mas parece que ainda quis dar um último sinal de vida este fim de semana e nos
brindou com uma tempestade de chuva e vento –que ainda continua hoje e amanhã
de manhã- mas não me intimida, não. Continuo feliz de estar aqui e de viver o
que estou vivendo... Voltar a ser quem eu era e a ter o que meu espírito tinha
de magia e inspiração, de percepção e comunicação não tem preço. Então, Mr.
Inverno, pode continuar com seus alardes que não vou lhe entregar a minha
felicidade nem que um raio caia no meu quintal!...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Vou
cedo para o centro. Sábado de manhã. Contas para pagar. Está um frescor mais de
primavera do que de outono. Brisa perfumada, céu azul... As manhãs têm um quê
de renovação, de promessa, de inocência e vigor que sempre me encanta, por isso
gosto de levantar cedo, para pegar esta vibração generosa e vital que se
espalha pelas ruas, pelos jardins, pelas casas e lojas onde os vizinhos lavam
as calçadas, esfregando-as com vassoura e detergente. O ar fica ainda mais
perfumado, úmido, limpo como o chão. A água leva embora o dia anterior e a sua
azáfama, sacode os restos de noite, alonga o milagre do amanhecer
desconhecido... Lavar a calçada cada manhã é como um ritual e todos parecem tão
animados e empenhados esfregando e enxaguando! Se cumprimentam, cheios de
otimismo, se desejam boas coisas, se animam mutuamente para viver este novo
dia. É contagiante... Respiro fundo e sorrio, olhando meu reflexo nas poças de
água da calçada. A minha alma parece lavada também, renovada, perfumada,
revigorada. Vejo na rua o que também podemos fazer em nosso coração: limpá-lo,
renova-lo, enfeitá-lo a cada dia, esquecendo as mágoas e dores do dia anterior
e a escuridão da noite. Fazê-lo viver numa eterna manhã, cheio de fé e
inocência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A
calçada lavada, ainda molhada, é o caminho de cada momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-29244354446118507132021-08-29T07:28:00.000-07:002021-08-29T07:28:28.603-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Bem,
parece que finalmente o Sr. Inverno cansou depois dessa última semana de fortes
chuvas e está querendo se retirar para seu merecido descanso... Tanta chuva foi
meio chato, mas a terra acalmou a sua sede, o ar ficou mais limpo, se cabe
(porque em Santiago o ar “ limpo” durava só até o meio dia. Depois voltava
aquela feia nuvem cinzenta e sufocante) o sol começa a brilhar mais cedo, novos
passarinhos me acordam com seu canto pelas manhãs e o céu é de um azul
escandaloso!... Enfim, a beleza deste lugar está sempre presente, mas quando
vai chegando a primavera ou o outono, é simplesmente de tirar o fôlego!... Não posso
estar mais feliz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Olhando
pela janela do segundo andar, enquanto me alongo junto com os outros alunos ao
som de uma música suave, reparo de repente na copa da árvore que cresce diante
dela, mas desta vez com um olhar<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>diferente. Sempre me coloco em frente da janela para ver o movimento na
rua, os pássaros, o vento balançando os galhos, as folhas dançando. Isto me
ajuda a pensar e também a esquecer as dores do esforço físico. Assim, olho
continuamente para esta árvore, a conheço bem, mas hoje percebo algo diferente:
está toda cheia de novas folhas e brotos que logo se abrirão. Algumas flores já
se mostram, tímidas, nos galhos mais expostos ao sol. Porém, olhando melhor,
posso distinguir outras mais ocultas no meio da folhagem escura e quieta.
Também ali está cheio de brotos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>brancos
e rosa. As flores vão se abrir e mostrar a sua beleza mesmo escondidas, e darão
a sua contribuição à formosura da árvore apesar de não serem vistas por
ninguém. Mas florescerão, sem dúvida. Cada galho terá suas flores, não importa
se conseguimos enxergá-las.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Pisquei
várias vezes, fascinada diante desta revelação. Pois, não é assim conosco
também? As nossas qualidades podem florescer não importa onde estejamos, nem o
que façamos. E não porque não enxergamos as qualidades no outro quer dizer que
ele não as têm. Como podemos ver os galhos escondidos desde um único ângulo?
Haveria que ver a árvore em sua totalidade para poder descobrir e apreciar toda
sua beleza. O esplendor às vezes se oculta aos nossos olhos, por isso não
podemos julgar e menos condenar ninguém. Quem sabe ele só aparece aos olhos de
Deus?...<o:p></o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-60638175326884772802021-08-17T08:39:00.002-07:002021-08-17T08:39:34.262-07:00<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span lang="PT-BR"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Chuva, chuva, chuva... Pequenas gotas
escorrendo pelo vidro, primeiro separadas, aos poucos se juntando, formando um
caminho novo, novas formas, movimentos inesperados, porém belos... Juntos,
penso, com apoio e carinho podemos ter surpresas sensacionais, capazes de mudar
por completo a nossa existência, como aconteceu comigo graças à minha filha e
seu noivo, meu filho, minhas cadelinhas, a nossa adorável e eficiente faxineira
María, estes vizinhos... Enfim, o que mais posso dizer?...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Continua chovendo. Vai chover a semana
toda, mas em não me importo porque vou ter longas conversas com essas gotinhas
na minha janela...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que tipo de pessoa quero ser? Daquelas que
erguem os outros, ou daquelas que destroem seus sonhos, suas ações, suas
opiniões e trabalhos?... Se tivéssemos real consciência do que a nossa
intervenção pode acarretar para a vida dos outros, com certeza seríamos bem
mais cuidadosos. Mas somos, pelo contrário, tão desleixados em nossas atitudes,
tratando os outros como estranhos com os quais não temos nenhum vínculo! Nossa
compaixão está sepultada sob o peso destruidor do nosso egoísmo, da nossa
vaidade, do nosso orgulho, da nossa ambição. Assim como as ações de outros às
vezes podem nos derrubar, assim também devemos pensar que as nossas podem até
destruir alguém se não tomarmos cuidado. Por que não ter pelos sonhos dos outros
a mesma ternura e consideração que temos pelos nossos? Por acaso não estão
todos interligados em algum ponto da nossa história? No fundo, não são todos a
mesma coisa? Todos os caminhos que escolhemos pretendem levar-nos a um mesmo
fim: o amor. E o primeiro passo deste caminho pode muito bem ser o apoio, o
carinho e a cumplicidade que os nossos irmãos precisam para começar sua própria
caminhada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-29587629714187110052021-08-06T08:11:00.000-07:002021-08-06T08:11:08.026-07:00<p> <span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; text-align: justify;">Não
pensem que esqueci de escrever... Não, é que meu pc estava –de novo- no
conserto, e agora, -FINALMENTE- está totalmente atualizado, moderno, veloz e
tudo mais... Agora sou eu quem tem que se atualizar e aprender a escrever de
novo!...</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “NADA NA MENTE”<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">“Nada
na mente”, diz o menino para o aprendiz de samurai, querendo significar que ele
tem de se concentrar somente na sua espada de bambu, nos movimentos do seu
adversário e nos seus próprios e esquecer todo o resto. O aprendiz obedece,
fecha os olhos e todo seu espírito e seu corpo se centram na espada e no
adversário. A luta recomeça e, neste estado de consciência, o aprendiz
consegue, pela primeira vez, derrotar o mestre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Dois
ou três dias após ter assistido o filme “O último samurai”, e em meio a uma
conversa com uma aluna, veio à minha mente esta cena, e as palavras do menino.
E de repente entendi o que é aquele movimento interior voluntário, aquele
piscar que faz toda a diferença quando se está observando algo ou alguém. “Nada
na mente”. Paramos de prestar atenção no que nos rodeia e passamos a nos
concentrar unicamente numa coisa, numa ação, numa pessoa. E é nesse estado de
consciência que conseguimos ser o outro, viver o outro, compreender o outro.
Saímos de nós mesmos e do nosso próprio universo com seus pequenos dramas e
alegrias e entramos voluntariamente no universo do outro para enxergá-lo
claramente, para escutá-lo, para percebê-lo em sua real dimensão: a sua
humanidade. Acredito que é assim que Deus nos enxerga: como o milagre que
somos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></p>
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-85601437891037107262021-07-14T09:24:00.001-07:002021-07-14T09:24:47.270-07:00<p> </p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;">A PAREDE VIVA<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nossa, hoje quase
esqueci de escrever a “Introducao da mina postagem de hoje! Assim estou de
empolgada por compartilhar com vocês as minhas experiências e licoes… Isto eu
escrevi quando ainda morava em meu amado Santiago, quando a gente podía passear,
curtir a paisagem, as pessoas, a tranqüilidade, a história. Pena que pouco
depois virou o que virou: bombas, protestos, disparos, sirenes,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desorden e medo… Só espero que algum dia mina
cidade volte a ser o que era, mas do jeito que a coisa vai, duvido muito.
Talvez contemple este milagre desde o céu…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;">O lugar ficava em Santiago, Chile, na rua Amunategui quase ao
chegar em Agustinas, onde o viento fazia o que bem queria com as arvores, os
vestidos, as sacolas plásticas, cabelos y chapéus. Era um enorme estacionamento
de muros azul celeste e uma grade preta muito torta e enferrujada. Tinha o chao
com pedregulho, limpo e liso, uma casinha de madeira com um tanque e um
banheiro, um pequeno depósito para guardar pneus e as vagas de estacionamentos,
tambén de madeira, com seus respectivos números pintados em preto, todos muito
limpos e organizados. Um impressionante e algo desvencilhado portao guardava a
entrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Estava rodeado por
prédios altos –probávelmente construidos depois- mas sem janelas, só muros
cinzas y nús, con marcas de vigas e tijolos. Pareciam gigantes ameacadores pairando
sobre o pacífico e arrumado lugar, inmóveis y calados, como esperando para lhe
cair encima a cualquier momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E era assim em outono
e inverno. Porém, quando a primavera comecava a se anunciar com seus brotos y
perfumes, tudo se transformava. Quase nao dava para percebê-lo durante a época
fría, porém, assim que chegava Setembro comecavam a aparecer <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nessas rudas paredes que circundavan o
estacionamento umas pequenas manchinhas verdes que, aos poucos, alentadas pelo
sol e o calor, crescían e se transformavam em folhas que se deixavan escorregar
pelo concreto, formando uma cascata assombrosa e gigantesca que quase cobría
por completo os muros e a grade, caindo graciosamente sobre o telhado dos
estacionamentos y balancando-se plácida e brincalhona à mercê do vento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Era uma trepadeira de idade incerta, que alguma
vez alguém plantou nalgúm canto do terreno e que no inverno, seca y abatida, se
tornava quase invisível sobre o cimento dos altos muros, mas que quando sentía
chegar a forca e a alegría da primavera explodia, crescía, tomava conta de todo
o lugar. Ninguém sabía onde comecava ou terminava, mas alí estava cada ano
enfeitando a rigidez inexpugnável daquelas paredes mortas, fazendo seu milagre…
Entao, elas estavan vivas y ondulantes, sussurrando beleza e dancando harmonía.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E dava um gosto passar
naquela esquina, porque a gente tambén se sentía vivo!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-72269673154104399742021-07-08T08:29:00.004-07:002021-07-08T08:29:30.164-07:00<div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">CARIDADE</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /></span></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> </span><span style="background-color: white; font-family: arial; font-size: medium;"> Sei que tinha dito que iria comecar a publicar com regularidade, mas estas duas últimas semanas tem sido uma locura. ¡Nunca tirei a roupa tantas vezes em tao pouco tempo!... Esclarecendo: estive fazendo todo tipo de exames médicos que estavam atrasados porque em Santiago nao se podía nem salir na sacada, entao passei mais tempo em consultórios que no meu escritório... Ainda bem que inspiración nao faltou e tenho bastantes anotacoes pra desenvolver aquí, entao... ¡Tudo volta ao normal!... </span></div></blockquote><p> </p><blockquote style="background-color: #eeeecc; border: none; line-height: 1.3em; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"> Contar as vezes ao longo do dia em que
faltamos à caridade nos deixaria espantados, de tantas como seriam... Cómo
somos cheios de mesquinharias, de egoísmos, de más intenções e pensamentos, de
inveja e preguiça! Estes detalhes que nem percebemos enchem nossos universos de
pequenos espinhos, de pedregulho, de dores que depois nos assolam com uma força
impressionante. O esforço de um pequeno sacrifício não é tanto e a sua
recompensa é imensa. Praticar a caridade é um exercício, um aprendizado
inestimável, é o caminho do crescimento. É um minuto, dois três. É um gesto, um
olhar, uma palavra. É a intenção que está no secreto do nosso coração. É
concentrar-se no ato de amar, pois é ao amar que nos sentimos amados.</span></span></div></blockquote>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-17545086953814383642021-06-20T09:50:00.002-07:002021-06-20T09:50:42.119-07:00<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">ESTAR SOZINHA</span></div></blockquote><p><br /></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial; font-size: medium;"> O que é estar sozinha?... É assustador, irritante, triste, chato, deprimente?... Pois eu digo que, se vc está bem, é sensacional. Vc pode fazer, dizer, escutar, sentir o que vc bem quiser. O silêncio, a música, ou a tv sao amigos, nao disfarces nem esconderijos. Sao inspiracao, verdade. Te abracam e te aconchegam feito uma mae se vc deixar, se vc se mistura com eles, se vc permitir que te dissolvam num interminável suspiro de aceitacao, de renovacao constante... Acreditem, sei do que estou falando.</span></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">Isto nao está sendo tirado do meu diário nem tem borrador, estou escrevendo aqui, agora, após quase um ano de silêncio, tristeza, medo e culpa... Por quê? Pois por Santiago, minha amada cidade, que se transformou num inferno -e que acho já nao tem mais salvacao- nao só por esta pandemia, mas por todo o resto. Precisava</span> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">comecar num outro lugar, precisava me salvar do terror e a depressao. Nao podia continuar pesando 38 quilos e sofrendo ataques de pânico... Nao, isso nao é viver. Viver é agora -mesmo se ainda me falta um pouquinho pra me acostumar.- É que parece que ainda nao acredito!- aqui, nesta nova cidade (Santa Cruz, é até simbólico!) no campo, rodeada por uma natureza espetacular, por pessoas verdadeiras, compatriotas, honestas, consideradas. Olho à minha volta e vejo essas montanhas que me rodéiam (estamos no Vale de Colchagua, ao sul de Santiago) e sao tao acolhedoras que até me fazem esquecer daquela sede que eu tinha de ver a cordilheira, fora que já nao estava dando pra enxergar nada pela poluicao, as bombas, os incêndios, as manifestacoes, o gas lacrimogêneo, os gritos, os disparos... Bom, para que continuar, né?... A coisa é que gracas à minha filha e seu noivo, que me trouxeram pra cá, estou sendo capaz de recomecar, de redescobrir, de querer de novo, de me sentir útil, inspirada, leve, maravilhada e conectada com o universo como antigamente. Aqui tem centenas de pássaros (aos quais voltei a jogar paozinho todo día cedo) arvores que parecem uma pintura, flores de milhares de cores e formas, feiras cheias de comida fresca e barata, vento, cachorros, bons vecinos, jardins e pracas. Até voltei a roubar galhos e flôres pros meus vasos!... Aqui vc faz uma obra de arte com quatro galhos e algumas flôres, pois a variedade e a beleza parecem infinitas...</span></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">Bom, aos poucos irei contando pra vocês o que acontece por aqui. Mas esta postagem, na verdade, é para</span> <span style="font-family: arial; font-size: medium;">anunciar que meus blogs estao em acao desde hoje, pois tenho muito pra contar. Estou rodeada de coisas, paisajens, pessoas e animais que mantêm a minha inspiracao a mil!... Só a deixo passar às vezes porque me da preguica subir ao meu estúdio, mas também é culpa desta maldita artrite reumatóide, inimiga quase mortal de escadas... coisa de velha... Mas, cá estou, vivinha e abanando o rabo e com mais ânimo do que nunca!... A gente se vê!</span></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> </div></blockquote><p><br /></p><p> </p><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"> </div></blockquote></blockquote><p> </p>Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-65827620372502067242019-10-13T07:28:00.000-07:002019-10-13T07:28:09.055-07:00"Sair da cama para quê?"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Ficar quatro semanas sem poder ir na terapia pode ocasionar alguns estragos que te dao aquela péssima sensacao de que você retrocedeu ou voltou ao início e perdeu tudo que tinha ganho (seja muito ou pouco)... É que a minha psicóloga teve a idéia de mudar os días em que atendia e aí ficou a cagada com a agenda de todos os pacientes. Tive que re- agendar tudo de novo e isso me deixou um mes sem poder ir nas sessoes, engolindo tudo, guardando-o e fingindo desesperadamente pra nao preocupar a coitada da minha filha, que já tem suficiente com seus próprios dramas (que também tenta esconder de mim). O ruim é que as duas nos conhecemos tao bem que nao adianta tentar dissimular estas situacoes porque percebemos do mesmo jeito quando a outra nao está legal.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Porém, consegui voltar e a verdade é que tem sido como um recomeco de quase zero, apesar de que a minha psicóloga diz o contrário... Mas é como se tudo que avancei tivesse sumido ou tivesse se escondido em algum lugar da minha mente e se negasse a voltar. Estou cheia de sintomas (os velhos e alguns novos) de medos, de visoes catastróficas, de raiva e pena, porém, aos poucos estou conseguindo me reencontrar com meus problemas e comecando a encará-los de novo para tentar resolvê-los, no entanto, sem pressa, sem pressao, sem cobrancas ou culpa, coisa bem difícil pra mim.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> E na última sessao a Isabel (minha psicóloga) me perguntou: "Para que você sai da cama cada manha?"... E eu nao soube o que responder... E após a sessao aquela interrogante ficou dando voltas na minha cabeca e até agora nao sou capaz de responder por completo... Para outro dia de luta e sofrimento? Para fazer as coisas melhor? Para achar um objetivo pra minha vida? Para me tornar independente e afrouxar um pouco o laco da coitada da minha filha? Para tudo isso junto?... Porque à noite, quando vou deitar, me sinto mito bem física e psicológicamente -probávelmente porque ela está comigo e vai dormir no quarto vizinho- e faco planos positivos para o dia seguinte. Durmo com um sorriso e tenho um sono profundo... Até às cinco da manha, quando comeca toda a merda de novo: taquicardia, dor de barriga, angústia, tremores... E preciso sair da cama nesse estado, tomar meus remédios (que se nao fosse por causa deles, nao abriria a boca no dia todo, só quando a minha filha chegasse no apartamento) preparar e tomar o maldito café da manha, sair com as cadelas, fazer faxina e ver a minha filha sair pro trabalho para ficar sozinha e sem mais nada pra fazer... Melhor, com terror de fazer qualquer coisa. Acho que hoje tive coragem pra sentar aqui e escrever porque ela está aqui -e amanha deram o dia livre para ela porque trabalhou nas festas pátrias .Viva pra mim!- pois na terca já volta o esquema normal de vida, esse que me custa tanto assimilar, aceitar, me adaptar e que NAO POSSO CONTROLAR... Bom, ninguém pode, na verdade, só em coisas mínimas, entao quis aproveitar que hoje estou me sentindo corajosa para voltar a escrever no blogue... Bom, como podem perceber, tenho uma monstruosa fixacao com a minha filha, com a sua presenca, mas isso é em parte porque somos só nós duas aqui e por isso passei a depender demais dela, de su presenca para me sentir segura, protegida, acompanhada, tudo isto como conseqüência de nao ter tido nada de contencao e ter tido que me virar sozinha quando era pequena. Entao, uma das minhas tarefas -a mais difícil, na verdade- é achar meu próprio valor, meu próprio objetivo para a minha vida agora que voltei, a independência, amigos, etc... Coisas que a deixem mais livre e menos preocupada comigo... Entao, para que saio da cama cada manha?... Evidente que para lutar, como todo mundo, porém, quero encará-lo como algo positivo, e nao como uma jornada de terror e vazio, de anonimato, de sintomas desagradáveis, de sonolência, ansiedade e angústia. Quero sair da cama para descobrir o que me aguarda de bom, quem vou encontrar, o que vou criar para me tornar independente. Quero sair da cama sem sintomas, com otimismo, vigor e coragem para viver cada momento no presente... Pois como dizia aquela velha tartaruga sábia de Kung Fu panda: "O passado já nao existe, o futuro é um mistério e o presente é umo obséquio, por isso chama-se presente"... E é desse jeito que pretendo comecar a sair da cama cada manha... Porque você nao vai ganhar de mim, seu monstro de merda!... Afinal, fui eu mesma quem te criei e te mantenho vivo, enchendo meu saco cada segundo da minha vida... Sou EU quem tem o poder NAO VOCE!.</b></span></div>
Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-41396278259443302902019-08-18T13:34:00.000-07:002019-08-18T13:34:06.159-07:00"Sintomas"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Tontura, dor de barriga, tremores, fraqueza, taquicardia, enjôo, respiracao acelerada, peito apertado, vontade de chorar... medo... A lista é imensa... Quem está no meio de uma depressao sabe bem o que sao estas manifestacoes e o que sao capazes de fazer com a gente... Parecem punicoes que nos auto infligimos por algum motivo -todos temos um ou mais- para evitar que curtamos, que tenhamos paz, que nos relaxemos, que tenhamos relacionamentos tranqüilos, que levemos uma vida equilibrada e sem sobressaltos fora dos normais... Por que nos punimos assim? Para quê?... Por alguma razao achamos que nao merecemos ser felizes, estar tranqüilos, curtir cara dia do jeito que ele se presenta, com seus episódios bons e seus tropecos. Nao, para nós, cada inconveniente vira uma tragédia e esta numa porta para um mar de suposicoes catastróficas num tempo que nem sequer existe ainda. Nos tornamos prisioneiros destes sintomas, nosso corpo é o foco de toda nossa atencao e receio e deste jeito vamos nos trancando, engolindo todo este veneno (sobretudo se nao temos tratamento psicológico) transformando a nossa existência num perpétuo sofrimento, que até pode levar a alguns a fazer coisas extremas e daninhas... Ainda bem que eu nao sou um deles... Nao quero nem pretendo tomar anti depressivos, porém, esta decisao me custa um esforco imenso, que quase consume toda a minha energia e vontade, meu tempo de estar fazendo coisas positivas, saindo, me comunicando, produzindo o que conheco e faco bem... O que aconteceu comigo? Eu nao era deste jeito! Eu saía sozinha (agora tenho receio até de sair pra fora do apartamento, mas saio mesmo assim e faco o que preciso fazer) era aventureira, creativa, produtiva, saudável, animada, corajosa... Suponho que ainda sou, mas estou passando por este periodo escuro e opressivo que me mantém prisioneira num buraco com todos estes sintomas que destróem cada ocasiao (antes ou depois) de curtir, de rir, de estar feliz e tranqüila... E o mais injusto é que eles nao sao reais. Quer dizer, na verdade eles sao criados pela minha cabeca. Sinto cada um deles, mas na realidade nao significam que algo está errado. Nao estou doente de nada, porém vivo obcecada com cada pequena manifestacao do meu corpo, muito mais das negativas que das positivas... Porque, sim, tem positivas também, mas eu como que as deixo passar em branco, nao as comemoro, nao as curto completamente, ao invés de me concentrar nelas para provar que continuo alí, que essa Paz está viva e desejando sair e voltar a viver como antes.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Nao se pode desistir, por mais difícil que isto possa parecer às vezes, pois o melhor de nós continua alí, aguardando, se debatendo, lutando e nos empurrando pra sair e se manifestar, para que nos reconhecamos com todas as nossas fortalezas e valores, com a nossa alegría e criatividade, com a nossa coragem e equilíbrio, e os mostremos ao mundo, porém, e antes de mais nada, a nós mesmos.</b></span></div>
Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-27489847496827004852019-08-07T09:01:00.003-07:002019-08-07T09:01:30.751-07:00"Profecia auto cumprida"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Profecia auto cumprida... Em outras palavras: medo. Medo de tudo. Medo de que alguma coisa possa sair errada, desde sermos atropelados, perder alguém a quem amamos, até queimar o arroz. Às vezes as coisas mais triviais como sair pra comprar ou almocar fora podem se transformar num drama para uma pessoa com depressao, pois significam mudancas na rotina, nos esquemas de seguranca e conforto que temos construido, e isso pode acabar nos desestruturando e nos ocasionando pânico, estragando por completo até a experiência mais comum e simples... Porém, tem que lutar contra este "mau costume", encará-lo com pensamentos positivos, com relaxamento, com a realidade, o aqui e o agora, que é o único que na verdade existe. Precisamos sair, ver, sentir, nos comunicar, respirar fundo e caminhar eretos, nao derrotados, sabendo que tudo isto é um jogo cruel e tiránico da nossa mente e que vamos ser capazes de vencê-la... Nada é perfeito, porém é perfectível (pode ser melhorado), entao precisamos nos agarrar a isto e seguir em frente, fazer, planejar, curtir, e nao deitar pra morrer nem trancar-nos porque as coisas nao saíram exatamente feito nosso neurótico perfeicionismo esperava. Tem que deixar fluir, entrar no rio da vida e se arriscar a que nem tudo saia feito nossos desejos, pois é assim mesmo. Perceber, apreciar as pequenas-grandes vitórias de cada dia e curtí-las é um grande passo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Existem técnicas pra controlar esse terror ao erro à surpresa, ao tropeco, a ficar na zona cômoda e se trancar pra ficar cada dia mais escuro... Relaxar, respirar fundo, afastar os pensamentos e sentimentos negativos, enfrentá-los com com o positivo que temos dentro de nós -porque o temos, sem dúvida- aceitá-los e descifrá-los para poder combatê-los e eliminá-los... Nao digo que isto seja fácil. De fato, tem vezes em que parece realmente quase impossível, porém, nao podemos desistir... Nao podemos ficar sozinhos nesta agonia que só nos enterra, nos faz chorar e viver cada día numa angústia física e psicológica que nao merecemos.</b></span></div>
Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-16781222060924698392019-08-04T06:20:00.001-07:002019-08-04T06:20:28.959-07:00"Ano novo"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Para as pessoas, na verdade, o ano novo comeca o dia do seu aniversário. Entao, é hoje que inicia meu ano novo e, apesar de tudo que tenho suportado, lutado, de todas as ocasioes em que tenho tropecado e caído, e que Deus teve a misericórdia de me estender a Sua mao através de muitas pessoas -sobretudo da minha filha e da minha psicóloga- me sinto cheia de novas forcas e ânimo, de coragem pra continuar esta batalha, da qual desconheco o dia em que vai acabar, de vencê-la definitivamente... Para as pessoas que cairam na depressao, feito eu agora, qualquer pequeno tropeco pode se transformar numa tragédia e estragar o resto do nosso dia, qualquer mudanca de rotina, qualquer desgosto ou novidade chega a ser um drama, mas hoje eu nao desejo nada disso. Hoje eu desejo um novo comeco cheio de vitórias, felicidade, paz e equilíbrio... E desejo para todos os que estao nesta luta por vezes desesperadora, sem saida ou fim aparente, o mesmo. Porque se pode, se deve, se merece, mesmo se às vezes possamos nos sentir assustados, derrotados, desencorajados, fracos, sempre surge de alguma parte aquela forca da alma que nos bota de pé e nos faz continuar... Afinal das contas, é isto que nos torna humanos.</b></span></div>
Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8749151836591911465.post-51225682676043799302019-07-28T08:01:00.001-07:002019-07-28T08:01:37.947-07:00"Lágrimas"<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Estou com vontade de chorar... Sinto meu coracao acelerado, batendo com forca atrás das minhas costelas, a garganta arde,se aperta, a visao fica embacada, me encho daquela extrema aflicao que precede à explosao das lágrimas... E as angulo. Respiro fundo e calo meus sentimentos.... Mas, por quê? Por que nao posso chorar se estou com vontade, se preciso fazê-lo?... Nao tem ninguém por perto. Mas mesmo que tivesse, isso nao deveria ser um impedimento... Porém, parece que a todos, ou à maioria, homens e mulheres, nos ensinaram que chorar é féio, é coisa de covarde, de fraco, é vergonhoso, uma espécie de chantagem pra conseguir algo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Porém, eu estou descobrindo que chorar faz muito bem. E como lavar a alma, tirar um peso do coracao, clarear a mente, aliviar a tensao, a dor psicológica e, às vezes, a física também. Chorar, de certa maneira, nos transforma, nos deixa mais leves, mais abertos a novas sensacoes e pensamentos,nos dá coragem pra seguir em frente, pois boa parte das ocasioes nas quais choramos nao é só por infelicidade, mas por uma necessidade de afastar as nuvens, o pessimismo, as barras da prisao que possa estar nos rodeando e nos sufocando,nos impedindo de agir, tomar decisoes, de nos renovar.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Chorar é bom, é uma emocao que merecemos poder botar para fora, talvez até para compartilhar, sermos consolados, compreendidos. As lágrimas sao palavras, sao portas para nos expressar, pequenos trechos do nosso caminho, água da nossa alma com a qual regamos os nossos processos de crescimento e mudanca, às vezes tao dolorosos.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b> Entao, nao vamos ter medo das lágrimas, nem vergonha ou raiva, nao vamos nos sentir fracos nem nos isolar quando elas vierem aos nossos olhos. Vamos pôr nelas palavras, gestos, propósito, e vamos abencoá-las pois elas também ajudam a cicatrizar as nossas feridas e até podem nos curar.</b></span></div>
Paz Aldunate - Palavrashttp://www.blogger.com/profile/08873227886824209572noreply@blogger.com1