sexta-feira, 7 de outubro de 2011

"O livro da vida"

Bom, preciso aproveitar bem este último final de semana livre antes do nosso festival estudantil de teatro, que começa no sábado que vem. Serão dez dias de correria e estresse -apesar de que, ao que tudo indica, as coisas estão sob controle e não me esqueci de nenhum detalhe logístico. Mas, de qualquer jeito, sei que meu chefe achará alguma coisa para me atormentar, então estou quase resignada...- e espero que sem incidentes. Este ano o número de escolas e grupos interessados diminuiu dramáticamente, por isso, ao invés do festival ter duas semanas ou mais de duração, serão somente dez dias, incluindo a abertura, o encerramento e a premiação, que são dias em que não há competição. Por um lado, todos damos graças à Deus, pois estamos extremamente sobrecarregados e esgotados, mas também não é legal perceber a falta de interesse do pessoal... É, acho que ano que vem teremos que revisar a fórmula do festival, porque parece que cansou e deixou de ser atrativo para o público... Fora isso, os outros eventos estão programados e acho que poderão ser realizados com relativa tranquilidade, inclusive os 20 dias do espetáculo de rua do natal, então estamos todos querendo respirar aliviados. Isso se ninguém aparecer por aí com alguma daquelas surpresinhas às quais não se pode dizer "não" porque, com certeza, algumas cabeças rolariam... Vocês sabem, né? Quando peixe grande manda, as sardinhas fomam fileira e obedecem sem soltar uma bolha sequer...
De qualquer jeito, vou ver se consigo arranjar um tempinho para postar a crônica. Infelizmente, não posso fazê-lo dos computadores da fundação porque eles não têm acesso a blogs,  então vai ficar um tanto quanto difícil, mas se não conseguir, vocês vão saber por que faltei ao meu compromisso semanal.
E voltando à coisas mais interessantes do que dizer "Sim, senhor", aqui vai a desta semana:

    Chego à conclusão, depois de tanto tempo e tantos altos e baixos de todos os tipos, de que é imprescindível que passemos pela experiência, que vivenciemos tudo que nos toca, seja  o que for, pois é o único meio de aprender e crescer, de nos conhecer e conhecer os outros e assim nos tornar seres humanos melhores. Não podemos negar-nos a vivê-la, não podemos segurá-la, impedi-la ou manipulá-a segundo as nossas conveniências, fraquezas ou planos. Toda e qualquer experiência forma parte do plano do nosso crescimento, do nosso destino, pois a vida não é mais do que uma sucessão delas -grandes ou pequenas, felizes ou infelizes- que às vezes acontecem primeiro no corpo para depois alcançar a mente, ou vice-versa. Todo acontecimento, todo encontro, successo ou perda contém uma lição, tem um objetivo, e serve para que cheguemos à conclusões que poderemos utilizar mais adiante. O corpo é semelhante a um livro no qual registramos -consciente ou incoscientemente- todas as experiências pelas quais passamos, e não somente as nossas, as atuais, mas também as ancestrais, as históricas. Cada experiência abre uma nova porta, desencadeia um novo ciclo -ou o encerra- nos traz novas oportunidades, outras opções, às vezes surpreendentes, revela algum caminho que nos ajuda a dar o seguinte  passo justamente porque ele engloba a pergunta que nos inquieta e a sua resposta. Então, como podemos aperfeiçoar-nos na arte e na vida se não vivenciamos as experiências que nos são oferecidas?... Precisamos perguntar, precisamos trabalhar para encontrar as respostas, e para que isto aconteça devemos correr o risco de viver, de ser e estar onde o plano divino nos coloque; devemos ter nossos encontros e despedidas, as nossas dúvidas, nossas noites escuras e nossos instantes de iluminação. Trancados em algum canto distante, escondidos e acovardados diante da vida e seus desafios, morreremos, seremos inúteis, teremos perdido a oportunidade de participar da aventura que é a istória desta humanidade e, pior, a nossa parte -única e intransferível- ficará faltando na trama desta história e nunca saberemos da sua importância. Nos perguntaremos se teríamos feito alguma diferença, mas jamais saberemos a resposta."

Nenhum comentário: