E como prometido, aqui vai a segunda crônica, para ficarmos em dia... Mas na verdade estou tão contente que seria capaz de postar algumas outras por puro prazer; porém, como não pretendo que tenham uma indigestão, não vou exagerar, então, serão somente estas duas neste final de semana.
Chego à conclusão, após mais um ano de trabalho duro e nem sempre muito gratificante em todas as áreas, de que o que realmente importa nesta vida é a experiência, a vivência; são os processos de descoberta, compreensão e conclusão pelos quais passamos ao longo dos anos, pois é só através deles que nós crescemos e amadurecemos, que aprendemos a conviver, a interagir, a aceitar e a nos doar para o bem do outro. Agora, para medir o sucesso destas experiências não é necessário que tenhamos nos tornado ricos, famosos ou poderosos, pois não é por estes motivos que passamos por elas, mas para nos tornar mais sábios, compassivos e pacíficos. A experiência é composta por uma série de processos que podem ser sumamente enriquecedores, portanto, não devemos subestimá-lo ou tentar minimizá-lo, menos ainda esquivar-nos dela ou descartá-la. Pena que, com demasiada freqüência, as pessoas só se preocupam com os resultados, sem importar-se muito com a qualidade da experiência, com os detalhes, os sinais, as mensagens, o percurso em si. Querem mais é mostrar do que são capazes, mas eu acho que não é preciso montar uma exposição no Louvre para dizer que pintamos, ou publicar um best-seller mundial para chamar-nos de escritores. Não temos que subir ao palco da Ópera de Paris para provar que cantamos nem fazer piruetas espantosas sob os holofotes do Bolshoi... Mas, por que será que sempre procuramos mais uma experiência limite, que fique conhecida e nos dê prestígio perante a mídia ao invés de investir em ações mais discretas, porém efetivas e que, de qualquer forma, poderiam nos levar aos mesmos resultados? Acho que é porque este é o comportamento padrão, aquele que é aceito pela sociedade e ninguém está disposto a correr o risco de ficar à margem dela... Mas a intenção primordial da nossa existência é poder compartilhar a felicidade da nossa experiência e assim animar outros a se aventurarem por estas veredas tão gratificantes e cheias de descobertas e emoções únicas e transformadoras. O pequeno também tem seu mérito -que, por sinal, é enorme- e não podemos esquecer que a grandes coisas são formadas por partículas minúsculas, as obras mais célebres por palavras, notas, grãos de areia, passos e frases.
Uma experiência vivida plenamente pode, efetivamente, transformar a nossa existência, abrindo portas e desvendando caminhos impensados e bem mais duradouros e enriquecedores do que os conhecidos e percorridos pela maioria
sábado, 12 de dezembro de 2009
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