sábado, 9 de janeiro de 2010

Possíveis e impossíveis

Esta semana (última de férias, infelizmente, a não ser que ganhe mais alguns por conta do bendito banco de horas) vou começar -e digo começar porque serão duas crônicas- postando a crônica que saiu publicada no jornal, e depois postarei a que tinha escolhido, então, acho que terão bastante material para passar o fim de semana. Hoje está um dia nublado e chuvoso, ideal para escrever, pensar, meditar assistir muita televisão e comer pipoca, e como a minha filha vem aí, acredito que vamos nos esbaldar... Mas não sairei da dieta, prometo! Até comprei um pote de sorvete diet e unos pacotes de torradas, frutas e verduras bem coloridas e frescas para evitar tentações pouco saudáveis!... Como vêem, estou cumprindo a minha promessa de ano novo, e espero conseguir cumprir todas as outras, junto com os projetos que me propus... E por falar nesses projetos, a minha irmã anda meio ocupada, então ainda não colocou os contadores de visita no meu novo blog de contos, o que está me deixando doente de curiosidade, pois quero muito saber se algum de vocês (ou otras pessoas) já foi lá visitar e o que achou... Mas, paciência, que o mundo não foi feito num dia só!... Mesmo assim, como sou uma impaciente de carteirinha, fico aqui torcendo para que a minha irmã encontre um tempinho para me fazer este favor imenso. Vocês não sabem -ou talvez sim- como é bom e animador ver o número de visitas aumentando!... É esta resposta o que me leva a continuar escrevendo, o que me inspira e me faz sentir útil, com um propósito na vida (que era mesmo aquele que eu achava, o que é mais sensacional ainda) cheia de otimismo e fôlego, viva, conectada com o mundo que me rodeia, sabendo que estou partilhando as minhas experiências e que talvez estou dando uma mãozinha a alguém que anda meio perdido por aí, porque muitas mãos se estenderam para mim quando eu própria estava bem perdida. E a gente tem que retribuir, não é mesmo? É só assim que o bem se propaga, então, por que não fazer a nossa parte, por menor que seja? Todos somos importantes nesta empreitada!.
E aqui vai a primeira desta semana, a que saiu no jornal.

Possível. Impossível... Ontem, enquanto balançava preguiçosamente na rede pendurada na garagem fresca e sombreada, fiquei meditando sobre estes dois conceitos que, na verdade, são bem mais subjetivos do que parecem. Acredito que estamos aqui para combater e tentar derrubar a maior quantidade possível daqueles mitos (os impossíveis ilusórios) que freiam ou impedem o nosso crescimento, porém, também penso que lutar contra eles e vencê-los não significa que nos transformaremos em eternos Quixotes indo sempre atrás dos impossíveis, almejando coisas inatingíveis, despropositais para nossa condição humana.
O possível é tudo aquilo que desejamos e podemos verdadeiramente realizar. O possível é o realmente importante para a nossa existência real, é o desejo que nos leva à superação, ao crescimento, à mudança e não à frustração, à alienação ou ao desespero. Não existe nada além disto e a sabedoria é a chave que abre esta porta, pois ela nos mostra a dimensão exata dos nossos anseios e as reais possibilidades de concretizá-los. A sabedoria é, definitivamente, o caminho para se chegar a todos os aparentes impossíveis (aqueles para os quais vivemos arranjando desculpas para não atingir) e para os possíveis que ainda não conseguimos enxergar, presos pelos limites que os nossos impossíveis nos impõem.
Acho que por isso santa Teresinha do Menino Jesus afirmava tão categoricamente que Deus nunca nos inspira desejos que não possam ser satisfeitos, mesmo que eles possam, às vezes, parecer inatingíveis. Ele nos inspira tudo que é possível e cabível a um ser humano e quer muito conceder-nos estes desejos, nós é que não acreditamos nisto!... E isto acontece porque a nossa visão de "possível" e "cabível" é bem diferente da de Deus. Para começar a entender verdadeiramente estes conceitos e aplicá-los em nossas vidas teríamos, primeiramente, que compreender o que é "sermos humanos", e quais as nossas potencialidades. Depois, acho que seríamos capazes de começar a agir em prol do sucesso de todas as nossas empreitadas. Hà que sonhar, sim, há que esperar e ter fé, ser otimista e batalhador; porém, é imprescindível que, para que a árvore que somos dê frutos, ela esteja com as raízes bem fincadas no chão.

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