Não pensem que esqueci de escrever... Não, é que meu pc estava –de novo- no conserto, e agora, -FINALMENTE- está totalmente atualizado, moderno, veloz e tudo mais... Agora sou eu quem tem que se atualizar e aprender a escrever de novo!...
“NADA NA MENTE”
“Nada
na mente”, diz o menino para o aprendiz de samurai, querendo significar que ele
tem de se concentrar somente na sua espada de bambu, nos movimentos do seu
adversário e nos seus próprios e esquecer todo o resto. O aprendiz obedece,
fecha os olhos e todo seu espírito e seu corpo se centram na espada e no
adversário. A luta recomeça e, neste estado de consciência, o aprendiz
consegue, pela primeira vez, derrotar o mestre.
Dois
ou três dias após ter assistido o filme “O último samurai”, e em meio a uma
conversa com uma aluna, veio à minha mente esta cena, e as palavras do menino.
E de repente entendi o que é aquele movimento interior voluntário, aquele
piscar que faz toda a diferença quando se está observando algo ou alguém. “Nada
na mente”. Paramos de prestar atenção no que nos rodeia e passamos a nos
concentrar unicamente numa coisa, numa ação, numa pessoa. E é nesse estado de
consciência que conseguimos ser o outro, viver o outro, compreender o outro.
Saímos de nós mesmos e do nosso próprio universo com seus pequenos dramas e
alegrias e entramos voluntariamente no universo do outro para enxergá-lo
claramente, para escutá-lo, para percebê-lo em sua real dimensão: a sua
humanidade. Acredito que é assim que Deus nos enxerga: como o milagre que
somos.
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