A que somos fiéis? A
idéias, a pessoas, a lutas, a religiões, a sonhos, a missões. Mas, acima de
tudo, somos fiéis ao amor, que nos faz carregar todas estas bandeiras que
sustentam e dão forma às nossas ações. Cada um tem se ser fiel àquilo que
escolheu. E esta escolha deve ser sempre permeada pelo amor. Assim, a nossa fidelidade dará frutos que todos
poderão comer.
Fico
olhando os rostos, as roupas, as poses, as paisagens urbanas ou rurais atrás
das pessoas às vezes sérias, às vezes sorrindo. Expressões em preto e branco,
algo sério e distante, outros tempos, outras histórias, outros conceitos,
talvez os mesmos sonhos de felicidade... As fotografias antigas me dão aquela
sensação de realidade extraordinária, de encarar pessoas e lugares que nunca
conheci e que não existem mais. É, de certa forma, como olhar para a morte,
para algo remoto, porém tão real como eu mesma,hoje, aqui. Porque eles tiveram
seu presente também, e foi tão real e cheio de vida e acontecimentos quanto o
meu! Não é estranho o passado nos assaltando assim, tão atual e concreto,
através de uma fotografia? Quanto podemos descobrir o imaginar olhando para
ela?... Me pergunto: quando alguém olhar para uma fotografia minha, quanto da
minha verdade irá desvendar? O que estarei dizendo para aqueles que olharem
para mim no futuro?
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